In the Rain

terça-feira, 29 de março de 2005

Desejo


Desejo, q me toca a alma, q desce pelo corpo ardendo numa sensaçao extasiante.
Desejo apenas, desejo por um doce, por algo q cerca, por algo q jah tenho, pro algo
melhor.
Desejo, quente, q gela minha pele num arrepio, q afoga meus olhos em maresia.
Desejo, que me amargura, q me acende, q me apaga.
Desejo, me enfraquece em sua voz egoísta, que me atende em sua convicçao sigilosa.
Desejo, q me atri aos pretestos do inferno, q me queima em chamas submersas, q me
alucina em traslúcidas memórias.
Desejo, tolo, apagado, submisso.
Desejo apenas, q me enaltece, q me aborrece, q passa leve.
Desejo, q me contradiz, q me faz ser mais humana
Desejo, q repugina, q cresce, me torna forte, fiel a mim.
Desejo... desejo... apenas... ah! desejo...

domingo, 27 de março de 2005

Misterios


Talvez vc não entenda nunca por q eu t olhei dakela maneira akela noite. Talvez nem eu saiba por tenha feito isso. Por de tras dakela imagem do nada, poderia existir tanta coisa, mas não devia haver quase nada. Eu tb não entendi a resposta q teus olhos me deram, na verdade eu ateh agora estou tentando entender tudo isso... será um eterno mistério, pq eu nunca irei perguntar, nem vc responder

sexta-feira, 25 de março de 2005

Perdas e Danos


A rua é deserta, fria, me é triste a visão do quieto. Não há nada adiante, não há imagem alguma em minha frente, não há futuro para quem não teve passado. Hoje eu saí mais tarde, vazia era a rua, ninguém, nem o resto da minha vida, nem o final da minhas busca.
Desci a ladeira, a face pálida de espanto, lá embaixo ele já passara, o bonde, se esquecera de mim, justo eu, que por anos o tamara todos os dias. Eu sempre o abraçara, ia a viajar, sem medo ou rumo, sorrindo.
Ando ainda, chutando algumas pedras pequenas, olho para baixo... é tão triste... é melancólico... este estranho... silÊncio.
Já não há o que me reste, não há mais porque olhar para frente... perdi tudo! A juventude, a vitalidade, mesu sonhosm a busca, tanto que já me falaha a memória afetada pelas sombras. A vida já me fartou muito, agora ela se vinga, sem piedade farta-se de mim.
SEnto-me acompanhado do nada na calçada, afogo-me nesta minha doença. Já me bastam as frustrações que vivi. Estou fartom estou sentado quieto, a assistir meu fim. Chega! EU não quero nem tentar...

nov/04

sexta-feira, 18 de março de 2005

Ideias perdidas


Certamente, alguma vez ao passar numa livraria vc jah viu um autor e sua "obra
completa" Mas isso nao existe. nenhuma obra é totalmente completa, tantas idéias
sao perdidas na escrita lenta, tantas sao perdidas num pensamento na rua, nuam
folha rasgada na fúria, perdidas porque ficaram eskecidas nuam gaveta ou pq
simplesmente acabaram.
Nao subestime, nao ache q sabe mto, nao ache q tudo está revelado na escrita, nao
ache q tudo foi escrito. Nada passa d fingimento, fingimento mesclo a realidade,
disfarçado de nada. Portanto nao se engane... nada é completo... nada tem pedaços
faltando.

segunda-feira, 14 de março de 2005

Dolosemen



- Meus parabéns, vão fazer três meses já. - Ângela olhou apática diante do sorriso já amarelado da médica. As pernas tremiam, o coração disparou desesperado. Esperara dias para abrir aquele exame, teve tanto medo do resultado praticamente certo.
Saiu devagar, caminhou sozinha olhando para o nada, a respiração pela boca. Algumas vezes parava para olhar um espelho, imaginando como estaria sem a roupa justa. Chegou em uma praça, bem em frente à igreja, as mãos pousadas na barriga, os braços flácidos, largados, desespero. Sentada tirou o maço de cigarros da bolsa, acendeu um, fumou devagar porém não tragou, ficou brincando tola com a fumaça na boca. Desatou em soluços, afogou-se num mar de lágrimas.
- Está tudo bem minha filha? - A voz era de um sacerdote que procurou assisti-la em sua tristeza.
- Não é justo... - balbuciou apenas - não é...
Caminhava todas as manhãs atordoada, a mente distante do mundo real. Tomava café sem açúcar, fumava quando tinha vontade, chorava sempre, ria todo o dia. As primeiras semanas passaram devagar, as outras voaram. Comia pouco, passava fome, dormia muito.
- Alô, César? É a Ângela - a voz feminina era natural e baixa, falava devagar.
- O quê? Meu? Mas... - estava nervoso e confuso.
- Eu não vou ter esse filho! - foi dura.
- Ângela, por favor, vamos conversar, pense bem. - Falaram pouco, ela desligou fria depois de dizer o que queria, desde então sumiu.
A barriga foi crescendo, ela tomava comprimido para enjôo, lia sobre gravidez e sobre como ter saúde, fumava seus cigarros. Estava cada vez mais fraca, mais quieta, mais apática. Ficou fria e dura com todos, mudou de casa, desligou o celular, desligou-se do mundo.
- César, aqui é a Ângela. - Ele mudou o tom de voz meio assustado e surpreso, não sabia que palavras escolher.
- E aí? Como você está? - foi apenas o que conseguiu pensar.
- Amanhã César, vai nascer amanhã. - Ele perdeu o tom, o tato, a tonalidade.
- O quê? - Balbuciou com medo - Como assim? Em... em quem hospital?
- Relaxa - ela completou muito amável, enquanto deslizava a mão pela barriga grande. - Vai dar tudo certo, você vai ver.
- Ângela, por favor, me fala pelo menos o hospital... - Ela pôs o telefone devagar no gancho, não sequer teve a curiosidade de saber o que César ainda tinha para dizer. Sentiu sono, caminhou lenta até seu quarto e simplesmente adormeceu.
Vomitou logo pela manhã, mas foi diferente daquela vez, foi mais forte, foi de repente, foi com medo. Pegou o ônibus passando mal, sentia algumas contrações doloridas, mas era um dor diferente, um dor fina que preenchia cada músculo, cada célula. Antes de entrar no hospital ainda acendeu um último cigarro para se acalmar, o vestido largo, os olhos caídos. Largou-o no cinzeiro, jogou-se na maca.
César procurou em todos os hospitais, foi como louco, pesava na consciência a imagem daquele menininho, do seu menino.
- É aqui mesmo senhor, ela deu entrada faz algum tempo já. Você é o que da criança?
- O pai! Eu sou o pai! - A recepcionista assustou-se com os olhos vidrados que o homem tinha.
- Assim que nascer viremos avisa-lo - respondeu assustada. Por enquanto apenas aguarde.
César sentou-se, a imagem das crianças passando, dos bebês chorando, as enfermeiras... entrava em desespero, roía as unhas, mordia o lábio, andava de um lado para o outro.
- Quer me acompanhar senhor. - Pediu gentilmente a enfermeira. Ele balançou a cabeça em resposta e apenas seguiu-a quieto pelo corredor em silêncio. Ela não disse nada, e aquele silêncio fez passar um calafrio por seu corpo.
- Aonde está meu filho? - A enfermeira parou diante de uma área mais reservada.
- Ouça-me, seu filho nasceu com sérios problemas, não poderemos fazer quase nada, ele viverá apenas mais algumas horas.
- Eu quero ver... - foi seco.
Caminharam pesado, ela o fez entrar mostrando a criança. O bebê era raquítico, tinha o rosto completamente desfigurado, manchas vermelhas nas pernas, as mãozinhas tortas, as pernas deformadas, um pequeno monstro. César olhou para o teto, sentiu a dor de seu filho, sentiu o coração paterno dilacerar abriu e fechou as mãos, mordeu o lábio inerte diante daquele pequeno ser humano.
- Aonde está Ângela? - falou baixo.
- Me acompanhe.

A enfermeira deixou-os sozinhos, Ângela olhava a todo instante para baixo não encarava a ninguém.
- Eu falei, deu tudo certo. - as palavras congelaram no ar. César levantou-lhe o queixo com o dedos e olhou-a a fundo.
- Por que você fez isso? O que ele tinha haver com isso? - Ela retornou o olhar fria, puxou o ar devagar.
- Eu não tenho que dar explicações. - Ele enlouqueceu por segundos, pegou-a no pescoço e apartou com raiva. Ângela sentia dor, sentai faltar o ar, mas mesmo assim sorria, sorria sarcástica sem esboçar reação ao sufocamento. As mãos masculinas relaxaram então, antes que alguém pudesse aparecer, ela puxou o ar com força, tossindo ofegante.
- O que foi? Era isso o que você queria também..
- Monstro! Louca, você é louca! César saiu andando nervoso e completamente dissimulado, esqueceu até de virar-lhe um tapa na cara.
Ângela teve alta, deixou que levasse o filho embora. Caminhou no mesmo vestido largo, os sapatos baixos, os olhos magros e amargurados. Andou pelos carros, bem devagar, caminhou olhando para o nada, as mãos segurando a barriga que já tinha murchado, as pernas trêmulas.
Chegou à praça, em frente a igreja. Sentou-se, os braços caíram flácidos e amargurados. Apenas pegou um cigarro do maço, tragou até o filtro, os soluços vieram logo em seguida, desesperados, ela jogou a butuca o mais longe que pode, rasgou os outros cigarros do maço, jogando o pó de fumo sobre a grama. Dos olhos estagnados surgiu um mar de lágrimas.
- Está tudo bem? - perguntou um sacerdote que tentou ajudá-la em sua dor.
- Não é justo... - pode apenas balbuciar... - não é...

domingo, 13 de março de 2005

Deletada


Eu certamente jah odiei mtas coisas e situações, certamente jah entreguei mtas
críticas, medos, afições raivas. Eu certamente jah mudei mta coisa, jah fiz mta
besteira, jah feri e fui ferida.
Mas, dinate d tudo isso nao ha nada mais revoltante q a falta d caráter, essa
falsidade comum q cerca a tudo. Eu nao sou um bicho simplesmente, q vai devorar
a tudo e a tdos.
Não foi nada dito, aih está o probelma, nenhuma indireta foi jogada, aih esta o
problema, nada, nada nada, simplesmente o desaparecimento, simplesmente me deletar,
como um nada, como um ninguém, sem q eu nem tivesse o direito d saber.

quinta-feira, 10 de março de 2005

Facinio


O sangue me facina, de maneira escandlosamente poética. Me intriga a simples visão
do escarlate correndo, nao me asssuta a image do frio, do corpo quieto sem alma, do
corpo esqueletico o mórbido.
O som da noite me assusta, a imagem da solidão me destrói, mas uma alma gelada nuam
situação mórbida e triste me intriga, me eleva, me trasforma.
As vozes, as pessoas, o vazio... o sangue, quieto e vazio, o sangue, escarlate e
gelado aquece minha alma sádica, aguça minha curiosidade insana.

sexta-feira, 4 de março de 2005

Ideias


O caderno, cheio de ideias, cheio de partes d histórias, cheio d pedaços esquecidos
d meias palavras. Idéias q começam e fogem, falta poder dizer algo, ter o q dizer,
faz-se ausência e se silenciam as letras. Faltam expressões, sinônimos, é tudo
sempre medíocre, nas mesmas frases, nas mesmas toscas ideias e temas. Falta d tudo,
falta estar vazia, estar cheia, ter raiva, aleria ou tristeza.
Os persongaens têm se escondido por detras das páginas, as boas descrissões estão
ficando para tras dando lugar ao texto sem conteúdo. Correm todos medrozos d mim,
se projetam para longe.
Aqui resta apenas a fraca ironia e metáfora, a pequena imagem, a releiura do velho
e do bom. As idéias vagueiam, correm, me deixam só. Clemente espero sua volta,
torço por elas, me acolho sob a esperança. Eu tenho fé, mas q voltem intensas,
contudo sem angústia e sem dor.

quarta-feira, 2 de março de 2005

Repetido, mas gosto dele.

VOZES


Extase, em drogas q ainda fazem as vozes correrem. Eu ainda estou rouca, do tanto gritar, d gritar para o nda nao me ouvir. Estou sentindo o peito queimar, arder, está em chamas geladas d inverno. Estou sentindo a pele soltar-se de mim. Estou viajando em loukuras, cheias d insanidade. Extase, estou mais do q louka, estou simplesmente, incostante. As vezes mais calma e agitada, as x mais árdua e quieta. Estou menis sensitiva e mais sútil. Estou simplesmente, menos preocupada, mas sinto q tdu em mim nao é normal, sinto cmo c estivesse inqueieta a tdo instante. As vozes saem por todos os lados, invadindo-me, ensurdecendo-me. Eu tenho medo, mas este medo me parece tao terno. É medo do q pode vir a se tornar, é medo d sentir frio, é medo d nao poder ouvir o slêncio silencioso. é medo das vozes, do fogo. Parece q tudo arde, q tdu é triste e quieto, parece q nda é tao expressivo, parace q nao há ninguém. Estou em extase, queria ouvir vozes menos frias, palavras mais certas.
Palavras são ópios d uma pekena mudança. Palavras, drogas q caem como uma luva, num momento em q nao gostaria d precisar delas, de tanto ardor, d tantas vozes, eu preciso d silencio pra mim, silencio q abomino, pois ele é quieto d+.