In the Rain

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Estou cansada, cansada do sono só, das mesmas fichas apostadas no número errado. Estou cansada da mágoa, da dor, da repetição. Estou exausta, com os olhos fervilhando. Estou cansada de ser assim, sem nada. Estou cansada de feridas e mais cicatrizes. Estou cansada de tentar ser forte, de parecer forte, de fingir não me deixar abalar. Estou cansada de ser de porcelana. Estou cansada desses finais, estou cansada, mais uma vez ferida. Estou farta minha da burrice. Estou cansada, estática e mais uma vez... cansada.

11/2/2008

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Espera


Vc não sabe quem eu sou, e pelo visto não se interessa muito por isso. Que horas são? Me pergunto devagar, olhando inqueta para todos os lados em que você possa estar. Não importa, as horas não tem valor algum. A cada segundo a mais que passa perco o resto de minhas unhas, e os minutos extras que correm esclarecem o quão enganada eu sempre estive. Você não merece um instante da minha aflição, e sabendo disso me desespero ainda mais.
Esses dias cortei os cabelos e a lâmina meio cega da tesoura enferrujou ainda mais com minhas lágrimas. Eu sei que você não se importa, mas para mim sempre faz diferença. Estou ainda estática a espera de qualquer coisa, mas a cada hora percebo que não há mais pelo que esperar.
Por qualquer instante imaginei qualquer coisa. Os dias passam sem pressa e desordenados meus cabelos crescem. Ainda não sei porque estou aqui, parada e tola. Você sequer tenta entender o que eu sou, esperando sempre o momento de falar de si próprio. Horas, minutos, segundos. Aos poucos não faz diferença, tudo se torna igual. Mesu cabelos crescem, nem sei mais quanto tempo passou. Você não se importa, eu tão pouco, porque sequer consigo me merxer.