In the Rain

quarta-feira, 10 de março de 2004

Desabafo


Os olhares, cruzados, minuciosos, erguiam-se com os olhos sobre as faces sorridentes. Fortes devaneios, cheios de pensamentos loucos, cheios de insanidades inseridas. Enquanto conversavam sentiam certo cheio, como perfume, mas era assunto tolo, desassuntado. E quando foram ver-se, de verdade, tentaram escapulir, e escaparam por longos meses. Pobres alma... ou sorte delas? As hipnoses da impulsão lhes abraçava, igual a uma sucuri. Ia envolvendo-os num abraço, frio, que ia esquentando levemente. Das mãos surgiu o primeiro efeito, elas carregadas de incertezas, levavam consigo os engasgados instintos. Eram incontroláveis. E de quem era a culpa? Quem havia pecado primeiro? Talvez a melhor resposta fosse a dúvida. E quem disse que olhar desta forma é pecar? Quem decretou tal lei?
As mãos foram levadas até os braços, crianças, e nem havia sussurros. Havia pensares, incorretos. Não havia erro, nem culpado, uma situação incoerente com sentires consistentes. Não houve ninguém capaz de ouvir aqueles pensamentos cheios de razão, que iam os afligindo, que iam se escondendo por entre as incertezas dos sentires. Nem houve tempo para lágrimas, só vozes para loucuras. Enquanto ele caia, mais e mais, ela estatelava-se. Moral esquecida, as promessas, foram feridas por um tolo sentir, mais forte que o pensamento claro. Bons instantes, que desabaram muitas coisas. Honra? Princípios? Seria insuportável? Tudo que havia sido guardado com fé... jogado ao vento. Era ali que se fazia concreta a despedida, uma mão junto a outra, um abraço, um beijo... para terminarem numa lágrima que não saiu, por q não foi permitido. Triste desfecho, péssima despedida. Havia formas melhores de acabar, mas nenhuma mais possível do que aquela. E se ambos sabiam... se ambos deduziam, por q continuar, insistir um erro, para depois choramingar sobre ele. E não há erro pior do q aquele que sabemos q poderíamos ter evitado, por saber q vai acontecer. Forma tola de enganar a mente. E sorrisos de lágrimas de despedida? Fora diferente d um sonho. As faces distraídas, incapazes sequer d encararem-se. Os olhares resplandecentes de outrora tornaram-se vaga-lumes apagados de uma noite fria. Ñ havia razão nem pensamentos correto. Arrependimento desarrependido. Loucura coerente, dor de uma verdade q nunca poderia ter ocorrido. Pena não poderem acordar com os olhos arregalados e ofegantes, como se fosse um pesadelo. Pesadelo q em parte também era sonho.
Desejos mal encarados, incontroláveis, tornaram a razão coisa impossível de de perpetuar. E como era grande aquela tolice, necessidade que ela representava. Interesses de amizade, sonhos incansáveis. Outra vez, + outra, aquela vontade louca... insegurável...doce desastre... Não houve ninguém capaz de ver, ñ houve ninguém q entendesse. O toque das mãos deixara seu cheiro, a boca tocada havia deixado sua marca. Ñ havia + moral, e de remorsos viviam aquelas lamas conturbadas. Maldade? Crueldade d erros, de situações mal situadas. Pra q chorar? O melhor é pisotear a tristeza... Pra q sorrir? Para poder disfarçar tudo isso... Nada como jogar fora esse remorso das promessas q não consigo cumprir, acabar de vez com as lágrimas. Entristece-se é em vão. Sabiam d tudo certo? Então por q? Não era pra ter acontecido, mas aconteceu. E hoje vê, acabou... e sabia, e sabiam... Tola insistência, idiota... MÁ! Não era pra ter dado certo, sabiam, e não deu.

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