In the Rain

quinta-feira, 17 de outubro de 2002

CAMINHANDO SOB LÁGRIMAS


Pairou, sobre a praia, a vista, bela, o tempo, quente, o mar, a areia. Gaivota, voou, beijando as nuvens. O céu de verão, a maresia. Pela areia, espalhadas, crianças brincavam. Umas corriam, outras construíam castelinhos. Algumas mantinham-se deitadas, descansando sob a sombra do guarda sol.
Eu andava, vagarosamente, apreciava a paisagem, chutava a água q o mar trazia até meus pés. Como vegetação havia apenas coqueiros, rodeando toda a orla da praia
Caminhei, mais e mais, cada passo além era uma história deixada ao vento, estava longe... Não sabia ao certo o quanto havia andado, minha única certeza era a distância.
A praia. cheia d pessoas, d crianças, felicidade, d amigos, sorrisos. Todos, ali alegres. Olhei pra mim, me vi só, me vi calma. Me vi, mais uma vez, me vi uma última vez. E nos sonhos, de perdição, cecei meu caminhar. Sentei, na areia, olhei ao redor, baixei os olhos. O mar molhou a praia, a lágrima molhou meu rosto. Disfarcei tal melancolia entrando nas águas. Chorei, sem motivos, sem vontade, sem querer. O mar lavou meu rosto, o sol secou meu corpo.
Voltei a andar, ainda chorava, mas lágrimas não escorriam mais. Finalmente achei uma sombra, na qual eu pudesse achar abrigo e descansar. Senti um abraço, longo, quente. Abraço, falso fruto de minha imaginação. Abri os olhos, nada. Sou eu, definitivamente, que olho, e não vejo... quem é este ser que me atordoa? Quem? Apareça, para q eu posso conhece-lo. Apareça, para q eu possa olha-lo, uma última vez. Apareça para q eu possa odia-lo uma última vez. Apareça para q eu possa sorrir, uma última vez.

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