In the Rain

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Esquecimentos caídos.


Estar por estar, sem estar, olhar por segundos. Divisar os devaneios, numa estância ao longe. Os caminhos descaminhados, as vontades dizimadas pela falta de coragem, os gestos, as distintas palavras.
Taquicardia? Dor? Dúvida? Quebra-cabeça? Imagem distorcida que se insere na mente, imagem esmigalhada que se molda em pensamentos.
Por correr, por se deixar despencar em lisonjeada loucura, por olhar a distância, por fazer apenas aquilo que não tinha importância. Observar o céu, quieto e estrelado, fingir fazer, não fazer, imaginar, sonhar. O nome, escondido, o olhar, desconfiado, a voz, ligeiramente pura, o esquecimento esparramado.
Não há insônia sem porque, não há medo sem motivo, não há tudo sem nada.
O distinto já está congelado, o esquecer caído, a voz encharcada, a mente em dádiva, a palavra em ruína, o gesto em silêncio.

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