In the Rain

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

A rosa do altar


Lembrei-me, nao apenas nestes ultimos dias, daquelas loucas historias d anos

atras. Histórias guardadas num perdido coraçao de mulher, que nunca eskeçe as

promessa ditas a ela. Eu revelo aqui estas lembranças, neste leito frio de igreja,

diante deste altar ferido.
A correntinha, de bolinhas, que certamente nao te lembras... estes dias

mesmo a peguei, como se ao tocar t sentisse outra vez. Ela, esta a qual recusei

dar-te de presente, mesmo diante de tua imensa isistência. Dei-te outras coisas,

papéis, cartões, rabiscos...
O teu toque sempre me sooou tão doce, a tua voz nunca me pareceu estranha,

sempre serena, grave e amável, sua mente trabalhava rápido em julgamentos precisos.
De convesar longas ao pé da cama, d assuntos desvairidos em universos

paralelos. Dos meus olhos brotava tinta, e minha caneta jorravam lágrimas, q

manchavam o papel em letras. Em ti, promessas, surtos, imagens cruzadas, sustos, o

som que me aquecia enlouquecidamente. Diste, com cuidado a mim, prometeste que a

rosa pedaceria sob o altar, escondida diante do degrau, e ali eu ou tu a pegaríamos,

depois q o outro a deixasse, símbulo de nossa uniao. A rosa dos sentidos... dos

sentimentos.
COntudo os rumos de nossas vidas mudaram, foste tu embora, levado pela vida,

num momento em q um abraço frio te tomou. Eu nÃo sei se morreste de corpo ou se tua

alma se foi tb. A última lembraça tua que me resta é daquele sorris quieto, e da

tuas palavras soltas. Naquela noite do ocorrido eu mesma me trankei sozinha, eu

mesma engoli o meu sono em comprimidos. Estava frio, e antes de adormecer eu preferi

que as baixas temperatuas me tomassem , eu não tinah ânimo para levantar meu corpo

ou aquecer minah alma. Talvez por estar a tua espera...
Ontem eu pus outra rosa sob o altar, como fora prometido, como há muito anos

faço. Tive novamente que tirar as pétalas murchas da que deixei outro dia. Esta

ainda parece viva, embora não tanto quanto estava ontem. Cada vez que me sento aqui,

neste altar, fiko remoendo este passado, imaginando o que eu fiz para que ñ viesse

buscar tua rosa.
Prometeste nÃo esquecer, prometeeste vir buscar, prometeste tanto, e se

tanto fizeste porque ela sempre murcha? Por que eu sempre tenho que por outra, e

mais outra? ATé quando? Até quanto? Esqueceste o q combinamos? Ou simplesmente

resolveste ignorar a tudo? Ignorar a mim?
Ainda padeço sentada, a igreja quieta. Um homem, de bengala, chapéu, bem

vestido adentra o local, ele anda, calmo, perece olhar para mim, como se já me

conhecesse. Vai até o altar, olha os lados, e pega a rosa... como se já estivesse a

sua procura. Só pode ser tu, que veio finalmente me buscar, penso. Fico ainda

sentada, os anos mudaram minha figura, como devem ter mudado a tua, talvez não possa

me reconhecer ou eu a ti.
Vieste buscá-la, finalmente... digo angustiada.
Pegue, é um presente, para que não esqueças do teu passado. É apenas o q

dizes. Tua voz não parece tua, é serena, adulta, mas diferente. Me pegas pelas mãos,

beija-as, mas não vejo bem tua face, parece que não tens coragem de fitar-me diante

de meus olhos.
Eu vim buscá-la, para tua felicidade, deixe esta rosa, venha eu quero desta

vez ela fique e tu venhas comigo - Andei de braço dado contigo, parecia que o chão

era algodão, e que eu podia flutuar, era como se desaparececemos no ar.
Eu acordei, por alguns segundos, velha, e me vi sentada, no altar, ainda a

tua espera, o meu corpo dormia, gelado e já sem sentidos, estava tu ao meu lado,

diante de meu corpo e tua forma era meio translúcuda. Estava parado esperando para

que eu fosse contigo. Eu vejo a rosa mais triste, ali diante do altar, e tu não a

toca sequer, demonstra desinteresse por ela tu esquecera de nossa promessa...
Meu corpo endurece, meu coração sangra, eu nÃo posso me deixar sozinha, eu

não posso seguir a teu lado as cegas, eu nÃo posso me desprender simplesmente. Eu

vejo que se aproximas, que me abraças, sinto frio, sinto minha alma deixar o corpo

numa dor que provaca um espasmo, teu abraço é quente, em minha alma é gelada. Me

deixo morta, me deixo só debruçada nos bancos da igreja, esperando ainda por ti,

para queem vida venhas buscar a rosa que ainda padece sob o altar...

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