In the Rain

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Quando não há mais onde pisar; ali renasce o instinto, ressurge conforme a luz ofusca o resto de
consciência. Assim brota a vadia, ópio da noite, prazer.
Seios pernas, mãos deslizanbtes, um mundo sem nada a espera de ninguém. A noite corre em ruídos,
desejos, desdenhos...
Olhos bobos, mãos dadas, beijos, quem nunca se apaixonou? Lábios caídos, cabeça baixa, lágimas,
quem nunca não soube o que dizer?
Sussuros, sorrisos, êxtase. A figura que diz tchau sem olhar nos olhos. O objeto que joga fora
sem perguntar no nome. Nada importa e o que importava já passou.
Algumas coisas ficam para trás, quem traça sua própria vida?
A vadia nasce no vazio, na angústia, nos sentidos depredados. Ela é sozinha, não tem ninguém. Se perde naquilo que já perdeu.
Os corpos densos, o calor infiltrado, o sexo por desejar. De repente ela evapora, mão rígidas,
olhares escassos. A vadia não sente, antes já lhes arrancaram os sentimentos. A vadia chora as
lágimas que secaram sua alma.
Surge, dissolve. Não conta a verdade nem mente. Quando acorda o céu gira, o mundo embrulha.
Solidão, medo, um resto de qualquer coisa. Pisa em facas pela manhã. Lava o rosto, as gotas
tranpassam. Não é nada, nem ontem, nem hoje, nem nunca.
Algumas coisas ficam para trás. Quem se importa com isso?

13/12/2006

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial