Estou d mãos atadas e olhos semi-cerrados. A chuva louca lava minha alma sem
piedade. As palmas machucadas, as vozes preocupadas conversam descaradamente
dentro de mim. Meus dedos incham e procuro por entre as gotas o rastro que
nunca aparecerá. Pergunto-me por que as palavras que deveriam ter vindo do
outro lado ficaram perdidas no silêncio.
Chove, derrama sobre mim o alívio. Mas ainda procuro-te por de trás de mim.
Ainda pergunto-me se há sintonia ou tudo está sendo levado pela enxurrada.
Chove, como é bom ver chover, e chove, sobre minhas dúvidas, sobre minha
angústia, sobre minha cabeça...
20/03/2006
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