In the Rain

sábado, 4 de fevereiro de 2006

Estou com sono, um sono fraco e sem dono. O sono dos desiludidos, dos que viram a morte de frente.
O sangue escurro que escorria tão intenso e sem destinho pelo rosto e braços, os olhos vidrados e cansados daqueles que nem sabem o que fazem por ali. A desova dos corpos imprestáveis.
Estou com sono, o sono de quem não liga para nada ou para ninguém, o sono desconfiado de qualquer palavra ou sorriso, o sono de quem não faz nada, e nem se deixou levar.
Os pés feridos, a multidão enlouquecida, os gritos conturbados pelo som ensurdecedor que reje a todos. A beleza enlatada e disfarçada, os compromissos sem motivo e sem fundamento. Os abraços aprtados de saudades falsas e amizades inexistentes.
Estou com sono, sono carente de inteligência e abastado de perguntas. Sono, azul, verde, vermelho... que sangra, que dói e sorri sem motivos. Estou com sono, que lava os pensamentos insanos e esurdece o silêncio de hje..

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