In the Rain

terça-feira, 23 de março de 2004

Bem pessoas, vou colocar aqui o primeiro capítulo da minha mais nova historinha. Se alguém ler isso (q eu já começo duvidando por aih) comenta comigo se ta legal ou nao (mesmo q seja pra dizer q ta um lixo) pode ser por ICq telefone, pombo correi, qaulquer coisa^^

Bem T++ q preciso dormir.
P.S ainda nao tem título

I


Era escuro, uma sala, fria, sem vento sequer, escondida num canto do castelo, onde a estrada era por uma pequena e rústica porta, depois de um corredorzinho que dava direto para o lado de fora. O único feixe de luz surgia de um pequeno pedacinho de éter sagrado(pedra luminosa e brilhante), caído no canto, que clareava um pouquinho o ambiente. Era silêncio, sórdido e pesado... ninguém... Ao centro da sala havia um cristal, grande, imenso, com uma base de ferro onde havia alguma escrituras talhadas numa língua antiga, dentro do cristal um menino, de aparência jovem, congelado, cristalizado.
Lá fora, verão, fim dele, onde as luzes resplandeciam fortes, e dentro da sala, frio... e um pedaço de éter.

Ela descia pelas montanhas, veloz, corria, enlouquecidamente, fugia rápido, entrava em pequenas quebradas, traspassava pelas árvores, costurava...
- Peguem-na! - Corria o quanto podia, algumas jóias no bolso, roubadas certamente. Enquanto lhe perseguiam ela punha a pulseira dourada, que tinha na pontinha um éter comum. O vento bateu forte, e ajudou-a a deslizar por ele, como se voasse pelo solo, cruzou a clareira, e achou um muro alto para dar-lhe esconderijo. Enfiou-se embaixo de um amontoado de palha, e ficou apreensiva tentando escapar.
- Ela fugiu mesmo. Não é a primeira vez. ë muito rápida.
- Estúpida, vai pagar caro por isso. - Os soldados olharam cuidadosamente, mas não conseguiram acha-la.
- Vamos homens, ela não está aqui. Não foi desta vez. Tenham certeza que assim próximo ao castelo não tardaremos a achá-la. - Os soldados recuaram, rumo a cidade. Ela pôs apenas a cabeça para fora da palha, suspirou:
- Ufa! Desta vez foi quase - sorriu - mas enganei-os de novo, e com o mesmo truque, idiotas... Nem sei porque fizeram tanto escândalo, afinal o éter dessa pulseira nem é sagrado. - arrancou a pedra da pulseira e jogou-a num saquinho onde só havia éter. Pensou em vender o restante da jóia. Ela olhou ao se redor, e descobriu que nem sabia direito onde estava, e foi vasculhar o local.
Enquanto seus pés iam levando-a, ela descia escadas, passava por pequenos becos, subia algumas rampas, ia vasculhando, conseguiu duas moedas de ouro vendendo a pulseira numa feira, foi adentrando a pequena vila, e quando viu-se já estava próximo do castelo. Depois de passar por um corredor estreito viu uma portinhola de ferro rústico, abriu devagar e para seu espanto a porta não rangeu. Um pouco de luz entrou na sala, ela arregalou os olhos:
- Éter! - Exclamou para si. Correu rápido para apanhar o pedacinho. Aquele era bem mais brilhante que o de sua pulseira. Ela toucou-o, cheirou, era verdadeiro, éter sagrado, puro. Abriu seu saquinho e jogou-o dentro. Naquele instante o cristal que ficava no centro da sala iluminou-se, forte, uma luz quente, ela foi arrastada para o canto da sala, as pedrinhas espalharam-se por todo o ambiente.
- Meu éter! - Um homem sem face surgiu pela luz..
- Esperei alguns anos a sua chegada, senhorita, está atrasada.
- Meu éter, me devolva, eu preciso dele, as juntei com esforço - ela quase chorava - me dê!
- Calma, tudo no seu tempo. Não seja uma escrava.
- Quem é você afinal! - quase gritava - me devolva, rápido!
- Acalme-se, e fale baixo se não quiser atrair os soldados. Me ouça, você está virando uma escrava do éter, como eu sou, precisa tomar muito cuidado com ele, esta pedra é cheia de rancores.
- Sei lá o que tem essa pedrinha, mas eu preciso dela e pronto. Ela vai me trazer de volta o que eu busco.
- Egoísta... - ele foi sereno
- Me dê! Ande! - Ela pulou sobre ele. Ele segurou-a pelo braço forte, e jogou-a longe.
- Eu falei para ter calma. Assim você não vai resolver nada. Você as juntou para mim, agora vou destrui-las. Somente assim poderei voltar a viver, e trazer vida ao rei.
- Não você não vai pega-las, eu as juntei, preciso delas, meu trabalho não vai ter sido a toa, não mesmo.
- Entenda - falava calmamente - elas tem que ficar aqui. Não seja egoísta.
- Me dê! - Ela puxou uma adaga e fincou na barriga dele. Este apenas sorriu.
- Não adianta, eu estou preso aqui, não há carne, nem alma. - havia uma vestimenta vinho, coberta por uma longa capa preta sobre os ombros. - sou intocável, esqueça, estou aqui apenas para aconselhar. Esses pedaços de éter são o fim de tudo isso. Ele pegou as pedrinhas, mas nesse momento o cristal envolveu o ambiente, revestiu de quatzo as paredes. O rapaz levantou-se, abriu os olhos, que passearam pelo ambiente. Estendeu os braços, flexionou-os, olhou para as mãos, abriu e fechou-as. Ele andou, com os olhos fixos, retirou-a de seu caminho e tirou a adaga que fora infincada no homem. Jogou-a no chão, e voltou a posição inicial. Fez, num gesto, as paredes brilharem, ainda mais, pegou algumas pedras de éter espalhadas pelo chão, as de éter puro, e entregou-as a ela.
- Pegue a sua ruína. - Ele foi surpreendentemente gentil - Se não tomar cuidado, seu destino será semelhante ao meu. - Ela assuntou-se, mas teve um belo sorriso como resposta. Ele gostaria de ter dito mais algumas palavras, mas parecia fraco, fechou os olhos, e havia na sua face um esboço de sorriso, foi devagar desequilibrando-se para frente, caiu nos braços dela, para depois desaparecer. Parecia sonho...
Tudo voltou ao normal, e o velho disse apenas algumas últimas palavras antes de sumir também.
- Pegue esta espada, minha jovem, ela é sua salvação, o éter já faz parte de seu destino. Não se preocupe com as coisas menores, dias piores virão. - A sala voltou a ser escura e fria, no centro novamente o menino cristalizado. Seu rosto, era diferente, e tinha um início de sorrir, tão infantil, dócil. prendeu por um instante a atenção dela.
Ela temeu que alguém tivesse ouvido algum barulho, apressou-se a sair dali. Fechou firme nas mãos as pedras de éter sagrado, achou uma forma de guardar a espada consigo. Antes de cruzar a porta, ela olhou uma última vez para o menino do cristal, sorriu, e fechou a porta, que nem sequer rangeu.


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