In the Rain

terça-feira, 13 de janeiro de 2004

Essa é um tezto 1/2 antigo, mas cmo tva 1/2 sem ideia, resolvi por aki hje. Ah se alguem tive curiosidade responde ae o quiz
http://deniseszabo.friendtest.com.

Vento no Campo


Vento, como é grande este bem da natureza. Agrada-me bem este ar cortando minha pele e fazendo os cabelos voarem. Ah! Como é prazeiroso sentar na grama e apreciar as copas das árvores acariciarem-se, poder ver a água do lago indo em seu calmo movimento sem rumo.
Nesta noite aprecio as estrelas, sinto o vento tocando meu rosto num gesto de carinho, assisto ao passado que insiste em manter-se guardado na mente; choro por um futuro perto e ao mesmo tempo distante. Gostaria que estas lágrimas escorressem pelo rosto; mas não, estas malditas insistem em ficar guardadas dentro de mim, insistem em fazer meu sofrimento se solidificar, e tudo por minha culpa... eu fui o grande causador, eu cavei um buraco para jogar-me dentro e, quando saí dele, quis tapa-lo, mas a terra ainda hoje continua revirada e nunca voltará a ser o que era antes.
O relógio marca 19h, seu barulho permanece irritante o suficiente para enlouquecer-me. Mas que mania esta minha de pôr a culpa de minhas atitudes insanas em algo ou alguém, tenho que parar com isso e assumir de vez meus erros.
A noite corre, eu também; corro contra o tempo, corro dos sentimentos, corro sem mais ter forças para movimentar as pernas.
Tento sorrir, não consigo, como pude chegar a esse ponto? Meu pranto interno foi capaz de esconder o sorriso.
Sou um tolo, nada sei fazer sem errar... agora, depois de tantos equívocos consecutivos, só me resta o consolo, o consolo sórdido, negro, perverso, sem emoção... Minha fria razão já escondeu até meu mais profundo sentir, tirou de mim o que não podia ter tirado e esfaqueou meu peito.
Melhor parar de correr, melhor deixar o relógio andar em seu curso certo, melhor não interromper, melhor deixar tudo acontecer na hora certa, no momento próprio.
Vou-me embora, embora para um lugar distante, fugirei de tudo; estou a caminho de uma cidade oculta, da qual o caminho é misterioso e nenhum ser colocou seus pés nela. Ando em meio ao campo, por entre as árvores, já não vejo mais o lago. Nesta viagem me acompanham apenas o céu e as estrelas; em minha mente há apenas devaneios.
Vou seguindo meu rumo, viajando para um local que nem sequer sei onde fica, e assim estou, andando, andando, andando... e sentindo o vento cortar meu rosto.

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