In the Rain

quinta-feira, 26 de dezembro de 2002

Bem, antes d mais nada um feliz natal pra vcs pq vou tar vaijando, ou seja, nada d pots....

Bem aki vai um texto, histórinha boba, eu fiz na escola faz um tempo jah...

Beijos...

Menina mimada.


Ela, toda mulher, querendo parecer moça, ou seria lá menina imitando uma adulta? Formada, andava bem vestida, roupas m officer, handbook, tench beach, gazzy, operarock. Não estava nem aí pra ninguém, toda metida, querendo parecer style. Aquela mulher, formadissíma, que assistia aos programas da MTV. Não podia fazer feio na frente de ninguém. Chamava de criança os meninos que iam numa lan house ficar jogando Couter Strike, "que criancice, ficar na frente do PC o dia todo" dizia. Andava maquiada, salto alto, não gostava que a chamassem de paty, mas era, sabia disso e gostava de ser assim. Preconceituosa, sentia raiva das meninas que curtiam Hip-hop, achava coisa de homem. Essa história de ouvir rap, não estava com nada, mas não negava que de vez em quando ouvia um música ou outra do Eminen ou então do Linky Park.
Quando chegava o sábado ia passear na noite, balada techno, ou barzinho, nunca country. Sempre em bairros requintados, Paulista, o point de SP. Muitos lugares nem idade tinha pra entrar, mas a identidade falsa e a maquiagem carregada ajudavam muito. Era bonita, corpo entregue aos cuidados de um personal trainer extremamente arrogante. Andava com pessoas muito parecidas consigo. E foi numa balada destas, toda style, ajeitada, cheia de gente jovem e bonita. Estava ali, dançando, já havia tomado uma Smirnoff Ice, vinho, batida, e provado um pouco do Wiski de sua amiga. Era fraca pra beber, e já estava meio tonta, mas não perdia a pose no salto alto. Dançou até não poder mais, tomou alguns goles de flash power, pra poder agüentar a noite toda. Beijou um ao seu lado, e de tão mal que estava outro tomou-lhe a boca. Quase fez um strip ali mesmo, mas uma amiga a impediu.
Passou algum tempo, voltou a aquela mesma casa, prometeu que não beberia naquela noite. Ao seu lado chegou um cara, começaram a conversar. Ele perguntou se ela lembrava-se da outra noite, ele era negro, ela morreu de nojo e fez uma cara estranha, não conseguiu evitar, "q nojo, falou". Ele quis entender melhor as palavras dela e ao se explicar ela apenas confundiu mais as coisas. Jovem e preconceituosa. Ele encheu-se de fúria, com razão, virou a mão na cara dela, fazendo um estrondo. A música techno parou, todos olharam, o segurança virou. Culparam o jovem sem saber dos fatos. "Queira se retirar" pediu o segurança. Ela sorriu, mas não conseguiu se conter. "preto filha da puta, que pensa que é pra me bater? Meu pai pode ferrar tua vida". Ele olhou pra baixo, e respondeu: "Você, jovenzinha mimada, toda perfumada, vestindo roupa de grife. Pode ser tudo isso, mas é suja, e nojenta, pois teu preconceito fede."
O segurança o puxou pra fora do local. Ele ficou sentado na calçada. Ela saiu também. Viu-o na rua, não ia deixar pra menos ele ter dito que fedia. Foi discutir, mas inexplicavelmente ele deu-lhe uma rosa. "Eu te perdôo, apesar de saber que você não veio desculpar-se. Esta rosa é pra você refletir, e como duvido muito que o faça, enfeite sua boneca." A mulher chorou, como menina, pois havia acabado de jogar sua boneca favorita fora.


0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial