In the Rain

terça-feira, 25 de outubro de 2005

MEDO


Eu tenho medo, juro que é verdade. Mas desta vez não é medo bobo d amor perdido,
medo d fantasma ou medo do escuro.
Medo tenho do silêncio, do que o hoje pode se tornar. Ninguém percebe, preste a
atenção, a História se repete, gradativamente. As notícias são as mesmas, só mudam
as datas, os fatos são um clone, só mudam as personagens - as vezes nem isso.
Medo do que dizem, da religião também, da má fé, do que pregam, do q dizem, dos
novos nomes que toma a forma dos antigos. Medo este de um futuro calado, da costura
na boca, da expressão reprimida, dos olhos sem voz.
Dane-se o amor, porque nesta hora só poderemos falar dele. DAne-se a solidão, se bem
quem nem ela caberá + na arte, danem-se as histórias saudosas e medievais. Ninguém
percebe, outra vez ninguém percebe...
Eu tenho medo, porque quero que pelo menos me restem a voz e as palavras.

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